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Ciências do Estado

Resumo do Curso

As Ciências do Estado representam um campo marcadamente interdisciplinar do conhecimento humanístico.

Por suas conexões epistemológicas, as Ciências do Estado integram o universo das Humanidades, compreendendo tanto as Ciências Sociais e Humanas (como a Ciência Política e a Sociologia) quanto as chamadas Ciências Sociais Aplicadas (onde insere-se o Direito e a Administração).

As Ciências do Estado nascem de um movimento que exige da sociedade, desde a formação do Estado Moderno, uma racionalização dessa figura, que culminaria em técnicas administrativas ou artes de governar, a governamentalidade, que se observa nas produções políticas, sociais, filosóficas e jurídicas a partir de então. Para Giovanni Botero (1540-1617), considerado um dos fundadores da raison d'État (Razão de Estado), as ciências do Estado seriam "um conhecimento perfeito dos meios através dos quais os Estados se formam, se reforçam, duram e crescem". Chemnitz (1605-1678), por sua vez, refina o conceito como "a necessidade de alguma consideração política para todos os negócios públicos, os conselhos e os projetos, cuja única finalidade é a preservação, a expansão e a felicidade do Estado".

No Brasil, as Ciências de Estado começam a ganhar importância acadêmica relevante.

As ciências do Estado já possuem uma larga tradição de estudos em grandes grupos intelectuais e universidades da Europa, como nas Universidades de Munique e Erfurt, na Alemanha, no Centre d'Études et Recherches de Science Administrative (CERSA), grupo de pesquisa da Universidade de Paris II e na Universidade de Sofia, na Bulgária.

Sensibilidade e consciência

A carreira busca formar profissionais de extrema qualificação para atuar como peças fundamentais durante o “pensar” das ações públicas

Do profissional dessa área espera-se amplo conhecimento sobre o funcionamento da estrutura estatal e muita criatividade para exercer papel de liderança e planejamento de políticas voltadas para as necessidades da sociedade. Mas o curso não se limita à esfera estatal, abrindo espaço para atuação no primeiro, segundo e terceiro setores. “O mercado exige um planejador multidisciplinar, uma pessoa com amplos conhecimentos que se torne chave no processo de planejamento”, afirma a presidente da comissão responsável pelo projeto do curso na UFMG, Silma Mendes Berti.

O curso possui uma grade curricular bastante flexível e interdisciplinar. Os eixos fundamentais para a formação profissional são as questões econômicas, constitucionais, histórico-filosóficas, gestão pública e privada, finanças públicas e tributação e humanidades. Para isso, o curso dialoga com outras áreas, como Filosofia, História, Economia e o próprio Direito.

Uma novidade no curso de Ciências do Estado e Governança Social é o modo como as aulas serão expostas. Nada de carteiras enfileiradas como nas salas tradicionais. De acordo com Silma Mendes, os alunos vão encontrar um espaço preparado para as discussões em grupos com ênfase em estudos de caso.


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