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Mais de 500 presos devem se inscrever para o Enem 2015 no AM

30/09/2015 - 16:01h

Projeto também prepara detentos para Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) (Foto: Sérgio Rodrigues / G1 AM)
Projeto em Manaus prepara detentos para Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) (Foto: Sérgio Rodrigues / G1 AM)

No Amazonas, mais de 500 Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) devem ser inscrever para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano, segundo estimativa da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). As inscrições começam nesta quinta-feira (1º) e seguem até o dia 23 de outubro.

De acordo com a Seap, as provas serão realizadas nos dias 1 e 2 de dezembro de 2015 nas unidades prisionais que serão credenciadas junto ao Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Cada unidade da capital terá um responsável pedagógico que cuidará das inscrições e do acompanhamento em caso de aprovação no ensino superior ou de certificação de conclusão do ensino médio.

Desde 2012 os detentos do estado participam do Enem. No primeiro ano foram inscritos 234 pessoas e, em 2013, 340 pessoas participaram. No ano passado, o número subiu para 473.

"Caso haja aprovação, as famílias serão chamadas para cuidarem da documentação do interno e ajudarem no processo", informou a Secretaria.

Francivaldo Lima sonha em ser médico (Foto: Sérgio Rodrigues / G1 AM)
Francivaldo Lima sonha em ser médico
(Foto: Sérgio Rodrigues / G1 AM)

Aulas da cadeia
Essa será a primeira vez que os 20 integrantes do Projeto Bambu, instalado no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), poderão participar do Exame, segundo a Seap.

Um grupo de presos da unidade figura como candidato a ocupar cursos de direito e medicina, por exemplo.

Uma das histórias de quem garante perseguir um novo ideal é a de Francivaldo Lima. Em 2012, ele acabou condenado pelo crime de latrocínio. Atualmente com 30 anos, falou ao G1 sobre a motivação particular para mudar os rumos da vida dentro do lugar em que cumpre pena. Segundo ele, a oportunidade de se redimir dos crimes por meio da educação é "ímpar".

Realizado no regime fechado masculino, das 8h às 13h, dentro da Biblioteca da unidade prisional, o "Bambu" teve início em fevereiro deste ano. As aulas ocorrem de segunda a sexta, com monitores voluntários. A cada três dias de aulas, os participantes podem ter um dia de pena reduzido, após a avaliação de um juiz. De acordo com o coordenador do projeto, o psicólogo Valter Sales, a ideia é aumentar a média das notas dos internos.


Fonte: G1



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