Ser Universitario
 

Na conta de governos

12/12/2011 - 20:01h

Todos os intercambistas felizes se parecem, mas os que viajaram e estudaram de graça são felizes à sua maneira. Costumam expressar gratidão pelo apoio de governos e sabem que o povo que os recebeu ajudou a pagar pela experiência.

A pesquisadora Emly Costa, de 38 anos, fez mestrado em planejamento urbano em Roterdã, na Holanda. O Netherlands Fellowship Programme (NFP), patrocinado pelo governo, pagou as mensalidades, livros e passagens aéreas - inclusive as da viagem ao Brasil no meio do curso, para o trabalho de campo. 

Para quem planeja fazer o mesmo, Emly recomenda inscrever-se com muita antecedência. Há bolsas ainda melhores que a dela, que não cobria alimentação e moradia. Informações sobre Universidades na Holanda são organizadas por um órgão do governo, o Neso (http://nesobrazil.org/). Para achar bolsas, o diretor do Neso, Remon Boef, recomenda o site grantfinder.nl. ?É importante para o país atrair jovens talentosos e criar uma turma internacional, com uma boa mistura de culturas e ideias?, afirma.

João Paulo Lustosa, de 30 anos, Professor de Engenharia Elétrica da UnB, cursou doutorado em Telecomunicações na Universidade Técnica de Ilmenau, com uma bolsa federal, do CNPq, em parceria com o governo alemão. ?Suas chances são maiores se você tentar uma área pouco desenvolvida no Brasil?, diz Lustosa, que concluiu o doutorado em 2010. Hoje ele orienta brasileiros que querem estudar na Alemanha e também ajuda alemães interessados em vir ao Brasil.

Alguns governos desenham programas próprios para receber visitantes. É o caso da Finlândia, que desde 1992 recebe jovens jornalistas para o programa de correspondentes estrangeiros. A selecionada brasileira deste ano, Taisa Sganzerla, de Salvador, passou 26 dias lá, com todas as despesas pagas. 

Nenhum país, claro, supera os Estados Unidos na quantidade desses programas. Alguns são bem conhecidos, como o Jovens Embaixadores, que em janeiro levará 45 estudantes de ensino médio de escolas públicas para uma viagem de três semanas no país. 

Há programas para profissionais no meio da carreira, Professores de escolas públicas, universitários, jovens líderes políticos, e diretores de escolas públicas. Como Solange Fabbri, de 43 anos. Ela fez uma viagem visitando escolas públicas no Estado de Washington. ?Lá, a família cobra resultados?, conta. ?Aqui no Brasil, a gente luta para trazê-la para a escola.? 

Onde achar bolsas oficiais

Alemanha - http://www.brasil.diplo.de/

EUA - http://portuguese.brazil.usembassy.gov/

Finlândia - http://finlandia.org.br

Holanda - http://nesobrazil.org/ e www.grantfinder.nl




Fonte: Estadão



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