Ser Universitario
 
 

Oficina de Intercâmbio do Internato do HFB e do HCTCO

promove integração entre funcionários do UNIFESO

20/08/2012 - 17:20h

Tendo em vista a necessidade de uma maior aproximação entre os profissionais que atuam no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) e o curso de Medicina, o Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) promoveu no sábado, dia 18, a “Oficina de Intercâmbio do Internato do HFB e do HCTCO”, coordenada pelos professores Lia Selig, coordenadora do Internato no HFB; Getúlio Menegat, coordenador geral do Internato; Manoel Pombo, coordenador do curso de Medicina; e José Feres Abido Miranda, Pró-Reitor Acadêmico. A atividade também contou com a presença da Diretora Geral e do Diretor de Integração Ensino e Assistência do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano, Rosane Costa e Luís Gustavo de Azevedo, respectivamente, além dos preceptores do HFB e dos coordenadores de períodos e supervisores de área do Internato (Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia-Obstetrícia e Clínica Cirúrgica) do HCTCO.

Segunda a professora Lia Selig, a atividade foi fundamental para facilitar a comunicação e a integração entre os profissionais e o curso de Medicina. “Os profissionais que atuam no Hospital de Bonsucesso são do UNIFESO, mas muitos não conhecem a estrutura do curso, o modelo curricular e a infraestrutura da Instituição, e isso dificulta o trabalho com os estudantes”, explicou a coordenadora do Internato, que apresentou um histórico do Hospital de Bonsucesso, falou sobre o plano de trabalho para o segundo semestre e abordou a importância da aproximação dos preceptores do HFB com o UNIFESO e com o modelo curricular do curso de Medicina. “Percebo a necessidade de vínculo e proximidade com a coordenação e o UNIFESO nos ambientes que apresentam dificuldades. Um exemplo são os coordenadores e preceptores que associam o reduzido convívio com as dificuldades de aprendizado. Para isso, a unificação dos cenários é o maior desafio”, completou Lia.

O professor Getúlio Menegat ressaltou a importância da definição de Internato como estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço. “O Internato é fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação em Medicina; no Regimento Geral do UNIFESO, que regulamenta o funcionamento, a estrutura e a organização da Instituição; no Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPPI); nas Diretrizes do Internato do curso de Medicina e no Regulamento do Estágio Curricular Obrigatório de Treinamento em Serviço”, explicou. Menegat também falou sobre os objetivos do Internato, como o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes para o exercício profissional; a ampliação e a integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso aplicados à prática profissional; o aperfeiçoamento da compreensão do processo saúde-doença; a criação da consciência das limitações, responsabilidades e deveres éticos e da necessidade constante da busca atualizada do conhecimento. “A estruturação atual consiste em internato nas práticas da Saúde Coletiva para o nono período e internato Hospitalar para o décimo, o décimo-primeiro e o décimo-segundo períodos. O nono é dividido em duas partes: as unidades básicas de saúde e o eletivo, onde o estudante escolhe onde vai atuar. O décimo atua nas quatro clínicas do HFB e os dois últimos períodos nas clínicas do HCTCO”, detalhou.

O coordenador do curso de Medicina explicou o modelo curricular. “Nós abolimos as disciplinas, mas não as áreas de conhecimento. O conteúdo continua sendo extremamente necessário para a formação dos médicos. Com o novo método de ensino, os estudantes vão estudando e aprendendo progressivamente do primeiro ao décimo-segundo período”, apontou Manoel Pombo. O professor explicou os cinco estágios obrigatórios que os estudantes do primeiro ao oitavo período devem passar: a tutoria, onde os estudantes trabalham com situações problemas baseadas em casos reais; o laboratório de habilidades (LH), onde desenvolvem atividades básicas relacionadas à medicina; as conferências, que acontecem semanalmente; as instrutorias, nos laboratórios de ciências da saúde; e os cenários de prática, com a Integração Ensino-Trabalho-Cidadania (IETC). As consultorias funcionam como um complemento para os estudantes com dificuldades em determinada área. “Do primeiro ao quarto período, os cenários de prática são as unidades básicas de saúde da família. No quinto, HCTCO e ambulatórios. Do sexto ao oitavo, o HCTCO, os ambulatórios e agora também a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), novidade no curso de Medicina. A partir do nono período já começa a atuação no internato como explicado pelo professor Getúlio, incluindo o trabalho na UPA também para estudantes do décimo-primeiro e décimo-segundo períodos”, adiantou o coordenador do curso.

Para finalizar, o Pró-Reitor Acadêmico falou sobre a mudança no modelo de formação médica, com as seguintes indagações à plateia: porque? como? para quem?. Segundo o professor José Feres, a mudança já era uma recomendação da UNESCO, que em 1998, na Conferência Mundial de Educação Superior, apontou que “as instituições de Educação Superior devem trabalhar para que seus estudantes se convertam em cidadãos bem informados, providos de sentido crítico e capazes de analisar os problemas da sociedade em busca de soluções, assumindo desta forma, ampla responsabilidade social”. “A mudança se deu a fim de sairmos de um currículo fragmentado para um currículo integrado, com a articulação do ensino com a prática curricular. A partir da prática o estudante entende e mergulha na teoria”, afirmou Feres, que explicou a fundamentação da mudança pelas metodologias ativas como ferramentas essenciais para alcançar o sujeito ativo, crítico, capaz de transformar e ser transformador de seu contexto; e a interação ensino-trabalho-comunidade como a implementação do trabalho e do ensino não-fragmentados, rompendo progressivamente com a alienação de todos os atores sociais.

Ao final das apresentações, os participantes se reuniram em grupos para discutir as fragilidades e as facilidades do processo, questionar os problemas e apontar as soluções. Eles também participaram de uma visita às instalações do Campus Sede, como os laboratórios de habilidades, a biblioteca e os laboratórios de ciências da saúde.

O convênio com o HFB

O UNIFESO, através do Centro de Ciências da Saúde e do HCTCO, firmou com o Hospital Geral de Bonsucesso (hoje Hospital Federal de Bonsucesso) convênio que possibilitou a inserção de estudantes dos cursos da área da saúde, especialmente Medicina, como estagiários de internato naquele hospital. O HFB é o maior hospital da rede pública do Estado do Rio de Janeiro em volume geral de atendimentos, sendo categorizado como hospital geral com porta hospitalar de emergência e reconhecido como Centro Regional Terciário. Além disso, é considerado referência em Oftalmologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Atendimento à Gestante de Alto Risco e atendimento de alta complexidade como transplante de rins, fígado e córnea.

Convenio Unifeso


Fonte: Unifeso
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