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Queda do Megaupload

lei antipirataria e revolta na web

24/01/2012 - 08:31h

Ontem começou o que pode ser uma nova era na internet que pode alterar todo o conceito tão comum ao usuário envolvendo hospedagem de conteúdo, download e direitos autorais. A discussão tomou forma no momento em que o site Megaupload foi retirado do ar sob a acusação de fazer distribuição em massa de conteúdo com direitos autorais. A trama teve início quando o serviço de hospedagem foi processado pela gravadora Universal, que usava essa mesma alegação. Em resposta, o Megaupload lançou um vídeo com artistas da gravadora que defendiam a empresa. Em seguida, o site foi alertado algumas vezes pelo FBI, que solicitava a remoção de conteúdo, mas o Megaupload retirava apenas uma das cópias, deixando outras milhares disponíveis. O Megaupload é responsável por 50 milhões de acessos diários e 4% de todo o tráfego da internet mundial. Os usuários sobem os arquivos no site para hospedagem e oferece a possibilidade de deixar público alguns deles, permitindo que outros internautas baixem o conteúdo. Em represália ao ato considerado arbitrário, o grupo de ativistas virtuais Anonymous tirou do ar os sites do FBI, Warner Music Group, US Copyright Office, RIAA (Record Industry Association of America) e a MPAA (Motion Picture Association of America), além de ter tentado restaurar o site do Megauploud em outro domínio, mas rapidamente foi constatado o alto número de acessos e não ficou por muito tempo ativo. A retirada do site veio em meio a uma grande discussão no congresso americano com o SOPA, projeto de lei que pretende penalizar em até 5 anos quem compartilhar conteúdo sob direitos autorais, punindo até mesmo o Facebook e Google por facilitar a disseminação desses arquivos. O projeto provocou revolta em alguns dos maiores sites mundiais, como Facebook, Wikipedia, Twitter e Google. A Wikipedia, por exemplo, bloqueou o acesso à versão americana do site. As pressões feitas na internet surtiram efeito e o congressista Lamar Smith decidiu suspender a legislação com o objetivo de entrar em um consenso maior para uma solução. Após a remoção houve uma grande repercussão nas redes sociais. Foram criadas hashtags que cogitavam uma Guerra Mundial pela web. Até mesmo uma falha no Speedy, que impedia o acesso a sites internacionais, como Facebook e Twitter, foi considerada como parte dessa empreitada contra a pirataria na web. No entanto, a assessoria da empresa divulgou não ter conhecimento sobre o ocorrido.

Fonte: Impacta
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