Ser Universitario
 

Assembleia nesta terça-feira define rumos da greve de funcionários da Unicamp

04/07/2018 - 19:15h

Reunião dos servidores vai analisar possível nova proposta à reitoria e a continuidade da paralisação. Movimento começou no dia 22 de maio.

Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) realiza, a partir das 9h, uma assembleia para definir os rumos da greve, que completa 43 dias nesta terça-feira (3). De acordo com a entidade, será votada a continuidade da paralisação, além de novas ações do movimento e uma possível nova proposta à reitoria, caso a manifestação continue. A categoria reivindica maior reajuste salarial e benefícios.

Os funcionários iniciaram greve no dia 22 de maio para pleitear aumento de 12,6% nas remunerações, entretanto, o Consu homologou índice de 1,5% diante da situação financeira da universidade, que previa déficit orçamentário de R$ 238,4 milhões antes de considerar a aprovação do reajuste nas contas. Os servidores reivindicam ainda R$ 1,1 mil de vale-alimentação, enquanto a universidade propõe R$ 950, alta de R$ 100 sobre o valor vigente.

A mobilização provoca reflexos em bibliotecas, laboratórios e creches. O objetivo da Unicamp é levar a proposta de reajuste no vale-alimentação para análise do Conselho Universitário (Consu), desde que o movimento da categoria seja encerrado.

"A proposta somente será submetida às instâncias competentes após o término de eventuais paralisações e também estará condicionada à não realização de qualquer ato que impeça o diálogo entre as partes e o livre acesso às instalações de trabalho no campus. Os demais itens da pauta específica serão discutidos em reuniões agendadas ao longo do ano", diz texto da assessoria.

Os Docentes da Unicamp não estão em greve, segundo a entidade representativa (ADunicamp). O quadro da Unicamp é formado por aproximadamente 8,5 mil funcionários.

Mobilização

O reajuste de 1,5% significa acréscimo de R$ 26,5 milhões em despesas no prazo de um ano, segundo estimativa da Unicamp. A folha mensal de remunerações gira em torno de R$ 170 milhões. Além disso, a universidade admite hipótese de zerar a "reserva estratégica" em 2019.

O repasse de ICMS é a principal fonte para financiamento das atividades da instituição - atualmente, ela recebe 2,19% do montante total contabilizado pelo governo paulista.

Decisão da Justiça

No dia 19 de junho, o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, Mauro Fukumoto, determinou que o sindicato dos funcionários técnico-administrativos da Unicamp (STU) mantenha pelo menos 70% dos trabalhadores da área de saúde em atividade, durante o período de greve.

A decisão do magistrado foi remetida ao Diário de Justiça Eletrônica (DJE) e estipula multa diária de R$ 10 mil ao STU, se houver descumprimento. Além disso, ele prevê penalidade de R$ 5 mil para cada manifestação da categoria com objetivo de impedir acesso ou saída de prédios do campus localizado no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP).


Fonte: G1


Compartilhe e exponha sua opinião...

Mais notícias
Veja todas as noticias