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Alunos da FDSM não serão prejudicados pelas novas regras do FIES

09/03/2015 - 10:18h

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Instituição soluciona problema criado pelo Governo Federal através do Programa Bolsa Social.



A direção da FDSM (Faculdade de Direito do Sul de Minas) reuniu-se nesta segunda e terça-feira, dias 2 e 3 de março, com os seus alunos a fim de apresentar uma solução para o entrave criado pelo Governo Federal com relação aos aditamentos de contratos do Fies (Programa de Financiamento Estudantil). No dia 12 de fevereiro o Ministério Da Educação divulgou novas regras para o programa, entre elas o limite de 6,4% de reajuste nas mensalidades para participação no FIES - as instituições que realizaram reajuste superior a este índice em 2015 ficarão de fora do financiamento.

Com as novas regras do Governo, teoricamente a FDSM seria excluída do FIES, já que o reajuste para 2015 foi de em 8,14% (considerando desconto aos estudantes que pagam mensalidade até o último dia útil de cada mês). O índice foi definido em novembro de 2014, com a aprovação dos alunos, representados pelo Diretório Acadêmico Prof. Jorge Beltrão.

Para que os estudantes não sejam prejudicados, a FDSM solucionará o problema criado pelo Governo utilizando recursos do Programa Bolsa Social, mantido pela instituição. O programa concede bolsas parciais de estudos de 25% nas mensalidades aos alunos de baixa renda, e neste ano dobrou o número de beneficiados, passando de 25 para 50 alunos.

Com a medida, as bolsas serão revertidas para sanar a questão do FIES, ou seja, a diferença entre o reajuste da Faculdade e o índice do Governo será paga pelo programa a todos os alunos beneficiados pelo financiamento, impedindo que cerca de 30% dos estudantes da graduação interrompam seus estudos.

Em reunião com os alunos, o diretor da Faculdade, Prof. Rafael Simões, esclareceu toda a situação e frisou que, independente de quaisquer outras medidas impostas pelo Governo, a
Faculdade não permitirá que os seus alunos sejam prejudicados. “Infelizmente o Governo soltou, sem nenhum planejamento, uma série de medidas que prejudicam as instituições de ensino e milhares de estudantes que dependem do FIES. Esse limite de reajuste de 6,4% não leva em conta todos os aumentos abusivos que estão sendo praticados, de energia, combustíveis, impostos etc. Para preservar os nossos alunos, optamos por utilizar os recursos do Programa Bolsa Social. Mesmo porque o aluno que busca ser contemplado pelo Programa Bolsa Social também irá buscar o FIES. Diante de toda essa crise, posso garantir que em hipótese alguma abriremos mão da nossa qualidade de ensino”, explicou.

O diretor ressaltou ainda que, independente do volume de efetivação dos contratos do FIES, os recursos do Programa Social e de outros programas de bolsas de estudos da FDSM serão utilizados em benefício dos alunos. “Ao final de todos os contratos fechados, vamos fazer um balanço. Se o volume de contratos do FIES for maior que os recursos do Programa Bolsa Social, vamos utilizar recursos de outros programas. Se for menor, vamos reverter em Bolsa Social. Continuaremos defendendo os nossos alunos, para que não sejam prejudicados”, esclareceu.

A aluna Isabelle Maris Pelegrini, presidente do Diretório Acadêmico, elogiou a iniciativa da direção da FDSM. “A Faculdade foi muito responsável e consciente com relação a situação dos alunos que dependem do FIES, agindo de forma rápida para solucionar o problema e não permitindo que os estudantes sejam prejudicados. Os alunos ficaram bastante satisfeitos”, disse.

 Para o aluno Glaiser Alex de Oliveira, ‘em tempos de crise e considerando o difícil contexto econômico e social em que o país se encontra, a FDSM se manteve ao lado dos alunos’. “Em tempos de crise a Faculdade priorizou a educação e os alunos. Manteve o seu compromisso de continuar oferecendo qualidade de ensino e preservar os estudantes que precisam do FIES para estudar”, afirmou. “A FDSM está nos apoiando em todos os momentos, especialmente os alunos que precisam do FIES para continuarem os estudos. E esta solução apresentada demonstra isso. Ficamos muito satisfeitos”, completou a aluna Leidinalva Vieira.

Vale lembrar ainda que a FDSM contratou para 2015 o valor de R$ 500.000,00 para o FIES. Porém, mesmo assim os alunos poderão ser prejudicados pelo Governo Federal através do travamento do sistema para limite de contratações. Segundo informações divulgadas nesta semana por diversos veículos de imprensa, a efetivação de novos contratos está sendo limitada a 1/3 do volume total de 2014. Ou seja, ao atingir 1/3 da quantidade de contratos realizados no ano passado, e mesmo a FDSM ainda possuindo limite de adesão, o sistema poderá travar. “É realmente lamentável esta situação. Como educador espero que o Governo tenha consciência e reveja a questão do FIES, para não quebrar centenas de instituições de ensino superior do Brasil e prejudicar o sonho de milhares de jovens”, concluiu o diretor Rafael Simões.


Fonte: www.fdsm.edu.br


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