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Família, o começo de tudo

10/08/2015 - 19:01h

“O meu trabalho demanda, muitas vezes, viajar por bastante tempo e isso me faz sentir uma saudade enorme dos meus filhos. Mas tem uma memória que se repete todas as vezes que eu volto para casa e isso faz tudo valer a pena. Quando eu chego de uma viagem, depois de passar uma semana ou mais fora, meu filho vem para a porta me receber e abre um sorriso enorme. Todas as vezes.”- Roberto Werneck, pai do Vitor e do André da Escola Santi, relata sobre sua mais marcante memória em família.

“Eu lembro até hoje que quando eu tinha quatro anos fui para Disney com a minha família toda. Entramos na fila para ir em uma montanha russa e eu estava com medo. Meu pai percebeu que eu estava inquieto e sentou ao meu lado no carrinho, então eu não tive mais medo” – relata Vitor sobre sua lembrança mais significativa com sua família.

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Família é o primeiro grupo social do qual a criança participa, é nela que surge a base de aprendizagem para a vida. É neste contexto que as crianças entram em contato com os valores impregnados nas ações de sua família. O adulto é a referência para a construção deste indivíduo (criança).

Quando os pais não podem estar presentes todo o tempo, é importante que tornem significativo o tempo que têm com as crianças. Qualificar esse tempo estando presentes com o olhar, a escuta, conversando ou brincando, atento aos interesses, sentimentos e experiências vividas pelas crianças.

“Não se trata somente da presença física.  Ser presente na vida do filho significa dar importância e valor para tudo o que faz parte do seu universo”, comenta Dami Cunha, coordenadora pedagógica da Escola Santi.

Como foi dito anteriormente, quando as relações diretas são de qualidade, não há problema algum que a criança tenha momentos sozinha. Isso é essencial para que ela faça suas próprias escolhas e atue com crescente autonomia. Nesses momentos, é importante ter um adulto por perto, como referência.

Equilibrando as relações

Em conversa com Dami também refletimos sobre o equilíbrio das relações. Segundo a coordenadora, é importante haver diferentes tempos e jeitos de estar juntos. Ter momentos só entre mãe e filho, entre pai e filho, assim como um tempo só para os pais é extremamente importante para o crescimento e equilíbrio das relações familiares.

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Presença na vida escolar

A escola é um dos lugares onde a criança aprende a conviver socialmente. Dessa forma, é fundamental que a família compartilhe dos mesmos valores educativos, porque as crianças estarão imersas na cultura desta instituição durante muitas horas do dia. É essencial que os pais estejam presentes nesta parte tão essencial da vida das crianças.

“Nos momentos em que não é possível estar presente, é importante que o adulto tenha comprometimento e interesse pelo que está acontecendo no processo escolar. Se ele não pode comparecer num evento, por exemplo, pode organizar que outra pessoa, referência para a criança, participe em seu lugar e traga notícias para compartilhar. Conversar sobre as experiências vividas na escola é uma forma de participar”, comenta Dami.

“A relação escola-família é muito importante, uma complementa a outra. Acredito que essa é uma relação de parceria. A escola, além de ensinar conteúdo, ensina a ser cidadão” comentam Wamberto Maia e Maíra Brandão, pais das trigêmeas, Clara, Júlia e Alice

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Conquistas e fracassos

Segundo Dami, coordenadora pedagógica da Escola Santi, um dos pontos mais importantes na hora de pensar sobre conquistas e fracassos é refletir sobre o mundo dentro e fora de casa. É muito estimulante receber um elogio pelas conquistas, mas também é preciso que a criança esteja preparada para viver no mundo, onde nem sempre será elogiada por suas conquistas e também passará por frustrações. Desde cedo, é importante que ela aprenda a lidar com o fracasso. É nestes momentos que as crianças aprendem a encontrar soluções e mecanismos para superá-los.

“Conversar e levar a situação para o mais normal possível, é uma das coisas que fazemos para ajudar as crianças a lidar com os problemas. Incentivar a seguir em frente e se aprofundar ainda mais naquilo que tem dificuldade também ajuda bastante. Um exemplo de frustração é quando meu filho quer ir na casa de algum amigo. Temos que saber negociar, falar que hoje não pode, mas que um outro momento ele vai poder”. Roberta Carletti Mráz, mãe do Otto, Vitório e Hugo

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Fonte: Blog do Estadão


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