Ser Universitario
 

Greve provoca atrasos em marcação de consultas no hospital da Unicamp

02/06/2014 - 12:01h

A greve de funcionários da Unicamp começou a provocar atrasos no agendamento de consultas e exames pelo Hospital de Clínicas (HC), em Campinas (SP), de acordo com a entidade que representa a categoria. Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores (STU), João Raimundo Mendonça de Souza, ao menos 15% dos trabalhadores desta unidade e também do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) aderiram ao movimento para contestar a decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que congela os salários. Professores da instituição completam uma semana de paralisação nesta segunda-feira (2), enquanto a greve de funcionários técnicos administrativos chega a 11 dias.

Aviso de greve no Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico/G1)
Aviso de greve no Hospital de Clínicas da Unicamp,
em Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1)

O coordenador do STU disse que as paralisações na área da saúde na Unicamp são pontuais e geram dificuldades aos pacientes, mas não houve adiamento de consultas, exames ou cirurgias. Ele acredita que o aumento da mobilização durante semana causará suspensão dos procedimentos eletivos.

"Há uma organização de parada em diversas áreas, mas os atendimentos da urgência e emergência irão permanecer inalterados", garantiu o sindicalista. Segundo ele, a adesão de funcionários é de 70%.

A assessoria de imprensa do Hospital de Clínicas também reiterou que, por enquanto, não houve reflexos na realização de consultas, exames ou cirurgias pela unidade. Contudo, admitiu que há atraso médio de 30 minutos durante o dia na etapa de agendamentos, por causa da greve. Não havia informações de reflexos causados pelo movimento no Caism até esta publicação.

Localizado no distrito de Barão Geraldo, o HC da Unicamp tem 3 mil funcionários e serve de referência para ao menos seis milhões de habitantes, em 38 cidades da região de Campinas. Já o Caism conta com 1,2 mil funcionários e atende média de 9,2 mil pacientes por ano.

Greve de professores
De acordo com a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp), a adesão da categoria permanece em 60% e uma nova assembleia está prevista para quarta-feira (4). Participam da greve os professores de todas as áreas, principalmente os que atuam em unidades ligadas às ciências humanas na universidade. Além disso, o movimento inclui profissionais que trabalham nos dois colégios técnicos da instituição - o Cotuca, em Campinas, e o Cotil, em Limeira.

O órgão máximo de deliberação da Unicamp é favorável à reabertura das negociações. A universidade tem 18,3 mil alunos na graduação e 16,1 mil na pós-graduação, em 68 cursos, além de 1,9 mil estudantes no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca). Nos campi da Unicamp trabalham 2 mil professores e 7,8 mil técnicos administrativos.

Aumento e melhorias
As reivindicações dos professores estão incluídas na pauta do Fórum das Seis, que congrega a Adunicamp e também o Sindicato de Trabalhadores (STU). Entre os pedidos constam reajuste de 10% nos salários, equiparação de piso salarial dos servidores técnicos administrativos ao de profissionais que atuam na USP e Unesp, mais vagas em creches, transporte gratuito para todos que usam os campi, além de melhorias.

De acordo com o Cruesp, o reajuste zero nos salários ocorreu por causa do alto nível de comprometimento de orçamento com folha de pagamentos. Além disso, os reitores das três universidades haviam proposto discutir o reajuste salarial das categorias somente em setembro.

O que diz a Unicamp
Procurada pelo G1, a assessoria da Unicamp não comentou sobre a adesão de professores e funcionários à greve, além de reflexos da paralisação, até a publicação desta reportagem.

Funcionários e professores da Unicamp realizam ato em frente ao prédio da reitoria (Foto: Virgginia Laborão / G1 Campinas)
Professores da Unicamp completam uma semana de paralisação (Foto: Virgginia Laborão / G1 Campinas)


Fonte: G1


Compartilhe e exponha sua opinião...

Mais notícias
Veja todas as noticias