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Olimpíada Internacional de Química: veja depoimento de dois participantes brasileiros

17/07/2014 - 10:31h

Cearense estuda até 13 h por dia para Olimpíada Internacional de Química

Torneio internacional será disputado por 300 estudantes de 77 países.
46ª Olimpíada Internacional de Química ocorrerá em Hanói, no Vietnã.

Lia é uma dos quatro estudantes que vão representar o Brasil no Vietnã (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Lia é uma dos 4 estudantes que vão representar
Brasil no Vietnã (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

"Estou muito animada, mas também muito nervosa. Desde a 9ª série [do Ensino Fundamental] que eu tento. Esse ano, finalmente, consegui ser selecionada". O depoimento é da estuidante Lia de Oliveira Martins, de 17 anos, que foi escolhida para ser uma das quatro representantes do Brasil na 46ª Olimpíada Internacional de Química que ocorrerá no período de 20 a 29 de julho, em Hanói, no Vietnã.

O outro repesentante do Ceará é o estudante Artur Souto Martins. Os dois têm 17 anos, são alunos do 3º ano do Ensino Médio e estudam nos Colégios Farias Brito e Ari de Sá, respectivamente, de Fortaleza. Chan Song Moon e Kevin Ejii Iwashita, ambos de de São Paulo, também fazem parte da comitiva brasileira na olimpíada. O torneio internacional de química será disputado por 300 estudantes de  77 países.

Apaixonada por química, Lia estuda, em média, 13 horas por dia. "Eu quase nunca paro [de estudar], mas quando isso acontece, gosto de ir à praia e ao shopping, principalmente para comprar roupas", conta a adolescente. Viajar para Hanói é a realização de um sonho e também a sua primeira viagem internacional. “Estou ansiosa. Nunca saí do país”.

A estudante embarcou na tarde desta quarta-feira (15) para uma viagem de 36 horas."Vamos fazer uma escala em Joanesburgo, na África do Sul, e de lá seguimos para Hong Kong, na China, onde ficaremos por dois dias para nos acostumarmos ao fuso horário", conta.

Apesar da alegria por ter conseguido ser classificada para participar das olimpíadas, a estudante já sente a distância da família. "Durante as olimpíadas a gente não pode ter contato com ninguém. A minha mãe já está chorando de agora", relata. O namorado também vai fazer falta, mas ele é mais compreensivo. "Como ele também estuda para participar de olimpíadas, ele entende o meu sonho e até o meu pouco tempo disponível", diz ela.

Artur dedica o dia inteiro aos estudos. Com aulas das 8h às 21h, além de se preparar para a Olimpíada, ele se empenha para passar no Vestibular de Engenharia da Computação no Instituto Tecnológico de Aeronática (ITA). Depois de chegar em casa, após tomar banho e jantar, o estudante ainda tem disposição para estudar mais uma hora antes de dormir. Para aliviar a tensão,  nos fins de semana, Artur participa de jogos online com os amigos e assiste a vídeos de humor e jogos no YouTube.

“Eles estão se preparando com afinco e acredito que vão obter resultados significativos”, afirma Sérgio Melo, coordenador geral da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ). Os quatro estudantes que vão defender o Brasil na etapa mundial se destacaram nas Olimpíadas realizadas em seus estados de origem e ocuparam as primeiras posições nas etapas nacionais.

Histórico de sucesso
Os brasileiros têm histórico de sucesso nessas competições internacionais. Em 2013, a Olimpíada Internacional rendeu quatro medalhas de bronze ao País. “Os asiáticos e os europeus normalmente apresentam as melhores notas, mas os estudantes brasileiros estão sempre buscando superá-los”, afirma Melo.

O Programa Nacional Olimpíadas de Química é organizado pela Associação Brasileira de Química (ABQ) com apoio oficial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, além de outras instituições privadas.

 


Fonte: g1.globo.com


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