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Reunião na Unicamp termina sem acordo e impasse da greve continua

19/08/2014 - 04:01h

A reunião entre a reitoria e o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) terminou sem acordo no fim da tarde desta segunda-feira (18). O encontro, que teve duração de aproximadamente três horas, foi promovido para debater as propostas de abono e outros benefícios com o intuito de encerrar a participação da universidade de Campinas (SP) na paralisação. Sem consenso, o movimento será mantido pelo sindicato, pelo menos até a próxima assembleia que terá a data definida nesta terça. A reitoria alega não ter condições econômicas de atender as reivindicações.

Funcionários da Unicamp decidem manter greve em Campinas (Foto: Beeroth de Souza)
Funcionários da Unicamp decidem manter greve
em Campinas (Foto: Beeroth de Souza)

A greve de funcionários completa 88 dias nesta segunda e já está consolidada como a paralisação mais longa registrada na história da instituição, que completa 48 anos em outubro. Os funcionários pararam as atividades em 23 de maio, após decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) que congelou os salários. Sem avanços na negociação sobre reajuste salarial, que é debatido em conjunto entre as universidades estaduais (USP, Unesp e Unicamp), o reitor José Tadeu Jorge propôs em 6 de agosto o abono de 21%  para tentar por fim à paralisação. O STU negou a oferta em assembleia dois dias depois e apresentou a contraproposta que foi rejeitada pela reitoria na quarta passada.

De acordo com o Sindicato, após a reunião infrutífera desta segunda, a entidade vai reavaliar as investidas pelas demandas específicas da Unciamp e tentar retomar o foco para o movimento integrado com USP e Unesp. ?Vamos fazer reuniões nos institutos nesta terça para falar sobre isso e, depois, reunir as ideias na reunião do comando de greve e agendar uma nova assembleia?, explicou o diretor do STU Diego Machado de Assis.

A Unicamp informou, por meio da assessoria de imprensa, que apresentou dados econômicos aos sindicalistas durante a reunião para comprovar que a inviabilidade dos pedidos feitos na contraproposta apresentada pelo STU. O reitor defende um abono de 21% e a isonomia salarial com a USP. Os trabalhadores pediram estes benefícios e mais vale-refeição e a garantia de que o reitor irá se posicionar contra o congelamento dos salários no Cruesp.

O STU estima que aproximadamente 70% dos 7,8 mil funcionários aderiram à greve. A Unicamp afirmou que em levantamento atualizado calculou adesão de menos de 10%.Embora o movimento feito por Docentes tenha sido suspenso no dia 1º, parte dos estudantes da graduação mantêm apoio aos servidores que reivindicam aumento salarial e, com isso, há atrasos em calendários. A universidade também admite o impacto nas pesquisas, mas avalia não ser significativo e defende que na maior parte dos setores o funcionamento ocorre dentro da normalidade.



Fonte: G1


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