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USP, Unesp e Unicamp cortam gastos e suspendem aumento e contratações

10/04/2015 - 16:01h

Diretoria informou que apenas 20 servidores estão parados na Unesp em Jaboticabal (Foto: Reprodução/EPTV)
Campus da Unesp em Jaboticabal (Foto:
Reprodução/EPTV)

Seguindo os passos da Universidade de São Paulo (USP), que adotou um plano de demissão voluntária e outras medidas para cortar gastos, as outras duas Universidades estaduais paulistas, Unesp e Unicamp, também estão colocando em prática medidas de contenção de despesas, como a suspensão de aumento para Professores e técnicos e a contratação de novos funcionários.

A Unesp pretende reduzir em R$ 36 milhões o orçamento este ano. Entre as medidas para reduzir gastos, se encontram: diminuição em material de consumo e revisão dos contratos nas unidades de ensino, redução nas horas-extras, redução nos investimentos e nas obras previstas. A universidade diz que a queda na arrecadação do ICMS de 2014 (as universidades recebem 9,5% da cota do estado de São Paulo) e a projeção para 2015 levaram a instituição a adotar estas medidas.

Nos planos da universidade estão a redução de R$ 32 milhões com despesas na folha de pagamento sem cortar a massa salarial. A Unesp vai suspender temporariamente a progressão de carreira dos professores. Outros R$ 2 milhões serão cortados nas despesas da reitoria e mais R$ 2 milhões nas unidades universitárias.

Sobre a suspensão temporária de ascenção profissional para professores e técnicos-administrativos, a Unesp explica que os planos de carreiras vão passar por readequações, "já que ao longo dos últimos cinco anos todos foram contemplados durante o processo de avaliação. Foi uma decisão administrativa de suspender temporariamente para corrigir problemas apontados inclusive pelos próprios Docentes e funcionários administrativos durante os cinco anos. É uma decisão temporária e deverá ser discutida nos órgãos colegiados competentes".

A Unesp explica que o benefício individual por ascender na carreira de funcionário técnico-administrativo é de 5%. Do segmento docente, pode ser de 3,5% ou 9,6%, dependendo da categoria e do nível em que ele se encontra.

Funcionários da Universidade de São Paulo (USP) votam pelo fim da greve, que durou 114 dias, durante a manhã desta sexta feira no campus da Cidade Universitária, Zona Oeste de São Paulo (Foto: Nelson Antoine/Frame/Estadão Conteúdo)
Funcionários da Universidade de São Paulo (USP)
fizeram greve de 114 dias no ano passado
(Foto: Nelson Antoine/Frame/Estadão Conteúdo)

Na USP, o plano de demissão voluntária lançado pela reitoria em setembro de 2014 obteve 1.452 adesões consideradas aptas, segundo relatório divulgado pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage) da instituição.

De acordo com a USP, os cortes vão representar uma redução de 4,4% dos gastos com folha de pagamento e de 8,5% no quadro total de servidores e técnicos administrativos. O investimento da USP no programa será de cerca de R$ 300 milhões.

Em meio à crise econômica agravada pela queda no financiamento, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiu conter despesas com servidores e trabalha um plano para diminuir as contas de água e energia. A resolução assinada pelo reitor, José Tadeu Jorge, determina contigenciamento de verbas para contratações ou aumentos salariais aos servidores por meio de progressão de carreira, além da redução de horas-extras e economia durante as manutenções de prédios e infraestrutura do campus.

Além disso, o reitor da Unicamp determinou congelamento de reservas previstas ao quadro de vagas/recursos de servidores de carreira - 100% aos órgãos da administração central, 50% em unidades da área de saúde e 25% nos institutos, Faculdades e colégios técnicos.

Unicamp projeta canalizar até água de ar condicionado contra crise hídrica em Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)
Unicamp projeta canalizar até água de ar condicionado (Foto: Reprodução/ EPTV)



Fonte: G1


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