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USP, Unesp e Unicamp propõem só discutir reajuste salarial em setembro

21/05/2014 - 15:01h

Faixas foram colocadas no campus de Marília (Foto: Reprodução / TV TEM)
Faixas foram colocadas no campus da Unesp em
Marília, interior de SP (Foto: Reprodução/TV TEM)

Os reitores das três Universidades estaduais paulistas "USP, Unicamp e Unesp" propuseram, nesta quarta-feira (21), discutir o reajuste salarial de Professores e funcionários só no segundo semestre deste ano. Em reunião entre a diretoria do Conselho de Reitores (Cruesp) e o Fórum das Seis, entidades que reúne os sindicatos das duas categorias nas três universidades, eles propuseram manter o 0% de reajuste anunciado anteriormente, mas voltar ao assunto entre os meses de setembro e outubro.

A proposta ainda precisa ser avaliada e votada em assembleias das categorias, que serão realizadas a partir da tarde desta quarta-feira. Durante todo o dia, Docentes e funcionários mantêm atividades letivas e administrativas paralisadas.

Em comunicado divulgado na tarde desta quarta, o Cruesp afirmou que, com os resultados da arrecadação do ICMS de abril, o comprometimento do orçamento das três universidades com a folha de pagamento aumentou, "prorrogar a discussão da data-base para setembro / outubro deste ano".

Salários congelados
O Cruesp decidiu congelar os aumentos salariais em virtude do alto nível de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento: 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp.

A decisão provocou indignação entre as entidades de classe. A Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) exige, entre outras coisas, transparência da gestão financeira da USP, iniciando-se pela imediata abertura e divulgação de todas as contas das administrações anteriores e atual da instituição. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) quer 9,78% de reajuste. Docentes e servidores da Unicamp e Unesp também pedem atualização dos salários.

Crise na USP
No fim de abril, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, enviou uma carta aos professores e funcionários em que expôs a crise financeira da instituição. Foram suspensas as contratações de pessoal por tempo indeterminado, incluindo as substituições de aposentados ou demitidos. Além disso, os servidores tiveram seus salários congelados.

Funcionários e alunos da Unicamp fazem protesto contra reajuste de 0% nos salários dos docentes e servidores da universidade (Foto: Fernando Pacífico/G1 Campinas)
Funcionários e alunos da Unicamp fazem protesto
contra negativa de reajuste de salário a docentes
e servidores da universidade (Foto: Fernando
Pacífico/G1 Campinas)

Também foram suspensos investimentos em construções. A principal dificuldade da USP é arcar com a folha de pagamento, que atinge quase 105% do orçamento da universidade.

Protesto na Unicamp
Cerca de 600 pessoas entre funcionários e alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fazem um protesto na manhã desta quarta-feira na Praça das Bandeiras, em frente ao prédio da reitoria, no campus do distrito de Barão Geraldo.

A manifestação é contra a decisão das universidades estaduais de reajuste zero para docentes e servidores. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), a paralisação teve adesão de cerca de 2 mil profissionais de várias áreas. Procurada pelo G1, a instituição ainda não se manifestou.

Servidores, professores e alunos paralisaram as atividades no campus da Unesp em Presidente Prudente (Foto: Carolina Mescoloti/G1)
Servidores, professores e alunos paralisaram as
atividades no campus da Unesp em Presidente
Prudente, em SP (Foto: Carolina Mescoloti/G1)

Unesp sem aulas
Os campi da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no interior do estado também paralisaram as atividades nesta quarta-feira. Na região Centro-Oeste paulista, estão parados os campi de Marília, Bauru, Assis e Ourinhos. Na região Oeste, parou o campus de Sorocaba e, no Noroeste, o de São José do Rio Preto. Apenas os serviços essenciais permanecem em funcionamento.

Já nas Faculdades de Botucatu, Tupã, Itapeva e Araçatuba, o funcionamento é normal nesta quarta-feira.



Fonte: G1


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