Vejo o movimento se fortalecendo a cada dia, a mídia abafando por serem financiadas por governo ou alguns conchavos só nos coloca como vilões, como se fôssemos os culpados de os alunos não terem aulas.
Sim, os alunos podem se prejudicar, mas eles já se prejudicam dentro das escolas mediante a situação geral que se instaura no sistema.
Dentro de sala de aula a qualidade de aula é comprometida com maus salários aos professores, fora de sala de aula é difícil ver sorrisos de outros profissionais comprometidos com as dependências escolares. Direções acuadas e pressionadas a nos aterrorizar pelo medo das avaliações negativas e intransigências vindas de cima para baixo que nos assolam de medo, pois agora trabalhamos ainda sob esse terror.
Somos ameaçados todos os dias de nossas escolas compartilhadas com município serem fechadas, que nossas turmas podem ser a qualquer momento encerradas.
Vivemos em esquema de medo: “se não está satisfeito, pula fora, você assinou o edital de seu concurso e ganha esse salário porque aceitou, se não quer, pode ir embora.”
São situações como essas que nossos alunos presenciam, e ainda são OBRIGADOS a fazer uma prova bimestralmente que se avaliaria o ensino para melhorias, sendo que sabemos que não condiz com também obrigatório, importo currículo mínimo e ainda é aplicada de forma completamente errada. Não mandam as provas com gabaritos, obrigando aos professores mesmo não sendo seus dias de fazerem um e corrigirem, sem qualquer bonificação salarial sobre essa atividade extra, pois não seria obrigação do professor isso.
Aliás, o professor até lançar as notas, o que deveria ser obrigação das secretarias das unidades escolares e o estado impõem que o professor lance as notas em um sistema sobrecarregado onde muitos de nós passamos madrugadas em claro para cumprir um prazo que estipulam para publicação, vejam a sobrecarga em cima do professor.
Nossos alunos nos compreendem e se solidarizam, por exemplo, na escola em que trabalho pude presenciar alunos participando de nosso piquete e fazendo faixas para afixar nos muros do colégio, alunos que participam e opinam nas nossas reuniões de greve nas escolas com os líderes sindicais, não são aversos e nem alienados a ponto de não quererem o bem de quem os educa e sabem que nós, por conseguinte estamos com eles, e com os demais profissionais envolvidos pedindo em nossas pautas e manifestações por todos os direitos e cobrando deveres do governo perante a situação deles também.
Por esses motivos acima assinalados e mais muitos outros, convoco à sociedade para se juntar em repasses, e-mails e pedidos a quem possa que compareçam à passeata e mostrem a todos que conheçam que nosso governo nem negociar quis, e se nega totalmente a nos conceder emergencialmente um reajuste de mínimos 26%.

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