Ser Universitario
 

10,5% dos inscritos na Fuvest buscam simular a experiência real

29/09/2015 - 03:01h

Mesmo entre os candidatos que tentam a Fuvest para valer pela primeira vez, muitos já tiveram contato real com a prova. Todos os anos, alunos que ainda estão no começo ou no meio do ensino médio fazem o exame, mesmo sem o direito de concorrer às vagas. Dos quase 141,9 mil inscritos na última edição, 10,5% queriam apenas simular a experiência do dia D. 

No último ano do ensino médio de uma escola técnica, Bruna Sueko, de 18 anos, já fez a prova como treineira. Agora, ela pretende conquistar a vaga no curso de Direito. “No ano passado, eu fiz e consegui passar para a segunda fase.”

Além de dar confiança, o resultado do teste serve de diagnóstico para os estudos. “Tenho de tirar uns dez pontos a mais do que na outra vez porque a nota de corte de Direito é mais alta”, diz Bruna. A prioridade, de acordo com ela, é se dedicar a matérias específicas de seu curso, como Geografia e História. 

Bruna Sueko Higa, de 18 anos, está terminando o ensino médio e vai tentar Direito pela primeira vez. 

Bruna Sueko Higa, de 18 anos, está terminando o ensino médio e vai tentar Direito pela primeira vez. 

Para conseguir o passaporte direto para a USP, a dedicação entre escola e cursinho é quase integral. “Acordo bem cedo e estudo até 23 horas”, conta a aluna. Com o ritmo apertado, o exercício físico é uma válvula de escape. “Aos sábados, faço aulas de dança.”

Equilíbrio. Para os principiantes, fazer provas antigas e simulados é o caminho mais eficiente para entender como funciona a Fuvest. Essa ainda é uma estratégia para baixar a ansiedade. Começar os estudos só na reta final, por outro lado, dificilmente dá certo.

“No simulado, o candidato encontra uma prova muito semelhante a que ele vai fazer”, explica Márcio Figueiredo, coordenador do Extensivo Manhã do Curso Poliedro de São José dos Campos. “Assim ele, rebate o medo com o bom rendimento.”

Nos cursinhos preparatórios, o contato com os candidatos “veteranos” também é positivo. “Eles não são concorrentes, mas se ajudam”, defende Alessandra Venturi, orientadora educacional do Cursinho da Poli. “Cada um está em um momento diferente e essa troca de experiências é fundamental.”


Fonte: Estadão



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