14/01/2015 - 10:11h
A história começa em 1895 e o local é a Rua Visconde do Rio Branco, em Taubaté. O prédio foi um importante marco na história do Vale do Paraíba e a princípio sediou a “Academia Artística Literária de Taubaté”. Cinco anos depois foi criado o então “Lyceu de Artes e Ofícios”. Neste espaço, eram realizados diversos eventos culturais da cidade, por ser o maior salão de Taubaté.
Em 1927, o prédio foi doado para a prefeitura da cidade com o intuito de ser utilizado para fins educacionais e, em 20 de setembro de 1956, o vereador Fábio Moura sancionou a lei que daria início a vocação educacional de Taubaté. A Lei de nº 213 criou a “Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Taubaté”, a primeira instituição de ensino superior da cidade, que contava com os cursos de Pedagogia, de Letras anglo-latinas e neogermânicas e de História.
No ano de 1957, foi construída uma nova ala no prédio. Esta medida foi tomada para melhor atender às necessidades da Faculdade, que foi fundada pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
Ulisses Guimarães, político e advogado, também participou desta história. No final de 1962, presidiu a solenidade de formatura das três primeiras turmas dos cursos de Filosofia, Letras, Pedagogia e História. Em 10 de outubro deste mesmo ano a Faculdade foi constituída como Autarquia Municipal e, em 6 de dezembro de 1974, com a criação da Universidade de Taubaté, passou a integrá-la.
Com grande impacto na memória social de Taubaté, o edifício sofreu algumas alterações ao longo do tempo. Com reformas e restaurações para a preservação do patrimônio, o prédio chegou a abrigar a biblioteca dos Departamentos até 2003.
Além do estilo neoclássico, o espaço também conta com plantas ornamentais em seu jardim interno. Neste, um ipê amarelo fora plantado na década de 1950 pela professora Marilda Prado, no período em que era aluna do curso ginasial.
Atualmente o prédio abriga, também, o Departamento de Serviço Social e o corpo docente é constituído por 47,27% de doutores, 43,64% de mestres, 3,64% de especialistas e 5,45% de graduados.
Para o Prof. Me. Luzimar Goulart, um dos docentes do Departamento, o local é sinônimo de orgulho. “Não há alguém que ame mais aquele lugar do que eu”, comenta.
* Com base no artigo “Solidez e tradição a serviço da cultura e da educação”, de autoria dos seguintes docentes da Universidade: Prof. Dr. Francisco de Assis, Prof. Me. Joel Abdala, Profa. Dra. Maria Januaria Vilela Santos, Profa. Dra. Rachel Abdala, Profa. Ma. Teresinha de Jesus e Profa. Dra. Vera Lúcia Batalha.