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Cursos específicos já são tendência, diz especialista em carreiras

24/02/2015 - 02:01h


24 Fevereiro 2015 | 03h 00


Claudia Gonçalves, especialista em carreiras, acredita que diversificação de MBAs é tendência crescente. Foto: Werther Santana/Estadão

Os diferentes cursos masters que começam a ganhar força nas Faculdades devem crescer e se solidificar nos próximos anos. Esta é a opinião da especialista em carreiras Cláudia Gonçalves, que aponta que a tendência também atinge Universidades lá fora. Ela considera, no entanto, que os MBAs tradicionais ainda têm mais prestígio.

Há diferenças entre os MBAs e os masters mais específicos?

Sim, há diferença. Os programas específicos geralmente são mais para recém-formados. Eles juntam o que o aluno precisaria saber de gestão com algo mais específico da área dele. Não são cursos tão comuns no exterior, embora seja crescente a demanda por programas focados na área em que a pessoa atua. Esses cursos também costumam ser mais baratos.

Qual a diferença do título desses masters para o do MBA tradicional?

O MBA tradicional tem ainda muita força no mercado, sinaliza que a pessoa tem alto potencial, investiu em formação, liderança e visão estratégica, que são características esperadas dos executivos.

Esses novos cursos são modismos ou é uma tendência que veio para ficar?

A tendência deve aumentar. As carreiras estão se tornando cada vez mais flexíveis. Não dá para atender a todos os profissionais com os cursos já existentes. Há uma crescente diversificação e customização do Mercado De Trabalho e as universidades precisam atender à demanda dos profissionais e das empresas. Há, atualmente, muito mais posições dentro das empresas do que havia no passado. Esses cursos vão dar essa visão de como tratar de negócios dentro do olhar da atividade que o profissional exerce, além de ajudá-lo a subir na carreira.

É possível comparar esses programas oferecidos no Brasil com os do exterior?

A diferença é bem definida. O que temos aqui são MBAs executivos, não há MBAs clássicos, em que a pessoa para de trabalhar, fica um ou dois anos estudando, como ocorre lá fora. Os masters no Brasil, sejam ou não os específicos, são diferentes, pois o aluno pode cursar o que lhe interessa enquanto trabalha. Há esforço das escolas brasileiras em fazer parcerias internacionais, mas a regulamentação do Ministério Da Educação impede que se siga o mesmo modelo do exterior.


Fonte: Estadão


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