Ser Universitario
 

Alunos da escola pública: só basta darmos espaços para desenvolver seu senso crítico

Professora de Química

Artigo escrito por Cristiana de Barcellos Passinato

Data 15/03/2014

Esse período de introdução à matéria que dou é sempre momento de dar espaço às falas dos alunos, buscar o seu currículo oculto e pesquisar o que se sabe ou não da disciplina, qual a ideia advinda do passado na escola e no senso comum e tudo mais.


Passando a uma introdução à química propriamente dita, busquei alguns vídeos que mostrem que não são só eles que sentem dificuldades nas definições e conceitos que se misturam a exemplos e muitos mitos formados e repassados de geração em geração.


Essa semana levei uma aula de uma professora de EAD do Sul do país para eles. Ela definia, mostrava enquetes em forma de entrevista a pessoas nas ruas, ela fazia pequenas demonstrações de fenômenos simples, como a combustão e dava muitos exemplos do que poderia vir a constituir a química.


Muitos, no início não se viam muito interessados, outros já desde o início já prestavam bastante atenção, outros perguntavam no meio do vídeo, e ao final debatíamos rapidamente.


Achei interessante em uma das minhas turmas algumas perguntas tais como:


“O petróleo vai acabar mesmo, professora?”, “O que é chuva ácida, como ela acontece?”, “A gente é feito mesmo de química?”, “Tudo tem química?”.


Eu expliquei uma questão por uma e pedi que eles sempre me trouxessem tais questões, quando surgissem.


Pedi uma pesquisa para eles e ao invés de deixá-los só copiar, imprimir e me entregar, pedi que trouxessem algo impresso, pois vamos juntos ver os aspectos importantes da história da química dentro do material que conseguirem em cada turma e o grupo, a turma construirá um trabalho sobre isso comigo orientando.


Sim, pois é assim que quero trabalhar. De forma colaborativa.


E é a partir disso que estou vendo que meu aluno se sente confortável em me questionar. Quero que meu aluno não tenha medo de perguntar, de querer saber, de ousar conhecer o que tem curiosidade.


Espero conseguir, afinal, buscar o caminho para ensinar química ouvindo meus alunos e produzindo a partir deles próprios o nosso material didático e cumprir os pontos do currículo mínimo.


Vamos caminhando juntos e com olhar em quem principalmente precisa do meu olhar: o aluno.


Cristiana de Barcellos Passinato


Carioca, professora da rede estadual no RJ e técnica em química da UFRJ




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Cristiana de Barcellos Passinato

Cristiana de Barcellos Passinato - Professora de Química

Carioca, Professora Estadual SEEDUC-RJ, Especialista em Políticas Públicas e Projetos em Espaços Escolares, pela Faculdade de Educação da UFRJ e Mestranda em Ensino de Química UFRJ
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