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Aos 17 anos, jovem de São Carlos, SP, troca física por medicina e é aprovada

27/01/2015 - 11:01h

Dinah Punskowski foi aprovada em medicina aos 17 anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Dinah Punskowski, de São Carlos,  foi aprovada em
medicina com 17 anos (Foto: Reprodução/Facebook)

Aos 17 anos, Dinah Punskowski, de São Carlos (SP), conseguiu o que muitos jovens de sua idade desejam: ser aprovada no curso de medicina de uma universidade pública. Mas há poucos meses o plano não era, nem de longe, ingressar na área da saúde.

"Sempre quis fazer física, mas em agosto começaram a surgir dúvidas. Pensei em terapia ocupacional, enfermagem e acabei prestando para medicina. Minha mãe é enfermeira e sonha que eu seja médica. Ela está vendo o sonho se realizar. Acho que foi Deus que me fez mudar", contou a estudante.

Aprovada na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) pelo Sistema De Seleção Unificada (Sisu), Dinah ainda aguarda o resultado da Unicamp para medicina e o da USP para física computacional, mas sabe o que deseja. "Agora tenho certeza de que quero medicina. É uma profissão extremamente nobre, que permite o contato direto com seres humanos, ajudar as pessoas, ser útil de uma forma mais humana, dando atenção, carinho".

 

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Para Dinah, a carreira está relacionada ao amor ao próximo, não à ajuda financeira que poderá proporcionar à família, na qual será a 1ª médica. "Acho que vai permitir um certo alívio, mas não pensei no retorno, a região da universidade é muito carente".

Preparação
Dinah fez grande parte do ensino fundamental na escola estadual Antonio Militão de Lima e, no 9º ano, foi contemplada com uma bolsa em escola particular. O mesmo aconteceu no ensino médio. "Fiz os dois primeiros anos no Colégio Fernanda Telles, com bolsa. No 3º, fui para o Anglo, para onde a bolsa foi transferida. Estudei muito impulsionada pelo voto de confiança que me deram".

A rotina de estudos era intensa. No 1º ano, além da escola, ela estudava quatro horas por dia de segunda a sexta e duas horas aos sábados e domingos. No 2º ano, percebeu que queria ingressar na USP e passava quase o dia todo estudando. No 3º, continuou investindo nas leituras e nos exercícios, com muitas redações, e fez questão de descansar durante as férias.

"Como queria física, minha mãe dizia que não entendia a razão de eu estudar tanto. Em agosto, quando mudei de área, foi uma loucura. Fiquei pensando que, já que seria medicina, deveria ter investido mais em biologia, química, e foi essas matérias que priorizei nos últimos meses. Deu certo".



Fonte: G1


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