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Crise financeira congela salários na USP, Unicamp e Unesp

13/05/2014 - 18:01h

Os reitores das três Universidades estaduais de São Paulo " USP, Unicamp e Unesp " decidiram congelar os salários de Professores e servidores neste ano.

O motivo, segundo o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), é o alto nível de comprometimento de orçamento com folha de pagamento, 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp.

Consciente da importância de manter o poder aquisitivo dos salários, e ao mesmo tempo preservar o necessário equilíbrio financeiro das três Universidades [decidimos manter os salários], diz nota do conselho após reunião do Fórum das Seis, composto por entidades representantes de professores e funcionários das três universidades paulistas.  Uma nova reunião deve ocorrer na próxima semana.

O Fórum das Seis pede 9,87% de reajuste salarial para repor a inflação mais aumento real de 3%. Alexandre Pariol, diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP (Sintusp), afirmou que os servidores estão "indignados" com a decisão do Cruesp e que todo "trabalhador tem direito a repor ao menos as perdas da inflação". Segundo Pariol, a USP tem reserva de R$ 2 bilhões.

"Se o Cruesp fala em crise nas universidades, não fomos nós que fizemos a crise. Proposta de 0% é irresponsável e até mesmo uma provocação", disse Pariol.

O Sintusp realiza assembleia nesta terça para definir a paralisação do próximo dia 21 e até votar indicativo de greve.

Em nota, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) afirma que o congelamento dos salários é "inaceitável". "O arrocho está aí, a tarefa agora é rechacá-lo". Para tanto, precisamos nos mobilizar imediatamente", diz o texto publicado no site da entidade. A Adusp marcou reunião extraordinária para esta quarta-feira (14).

ICMS
Em setembro ou outubro, nova reunião deve avaliar a situação financeira das universidades de acordo com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). As estaduais recebem repasse anual de 9,57% do ICMS, que variam de acordo com a arrecadação.



Fonte: G1


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