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'Escolha da profissão não é sentença de vida ou morte', diz psicopedagoga

30/10/2014 - 13:01h

Muitos estudantes chegam ao 3º ano do ensino médio sem ter certeza de qual curso superior escolher. A dúvida na cabeça dos jovens é um problema recorrente e por isso alguns acabam escolhendo um curso que não tem identificação. De acordo com a psicopedagoga Patrícia Sampaio, antes de decidir é preciso buscar bastante informação sobre os cursos que estão deixando o aluno na dúvida. Além disso, ela destaca que os candidatos devem se informar sobre o Mercado De Trabalho em cada área.

Para psicopedagoga, estudante deve procurar informações sobre o curso desejado (Foto: Gustavo Almeida/G1)
Para psicopedagoga, estudante deve procurar informações sobre o curso (Foto: Gustavo Almeida/G1)

É muito importante que a pessoa conheça e saiba onde ela vai atuar, disse. A psicopedagoga destaca que o estudante precisa também se basear por aquelas disciplinas que ele mais gostava durante os ensino fundamental e médio. Segundo ela, se o aluno não se identifica com determinadas matérias, isso já indica que possivelmente em alguns cursos ele também não terá identificação. Se eu não tolero cálculo como vou fazer engenharia, que trabalha bastante com cálculo, explicou.

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A profissional fala ainda que o estudante precisa observar seus dons e destaca a importância da família no processo de escolha. Segundo Patrícia, é a família que dá apoio e suporte para a escolha do estudante. Apesar disso, ela enfatiza que esse apoio não significa que a família deva indicar qual carreira o jovem vai seguir. A família não deve mostrar o que você vai fazer, pois quem vai está trabalhando é você e não seu pai, sua mãe ou seus tios. Ela deve apoiar o jovem na escolha que ele fez, ressaltou a psicopedagoga.

Ela destaca que a família também deve evitar impor pressão sobre o estudante para que ele ingresse logo no ensino superior e se forme rápido. Segundo ela, não se deve ter pressa no processo de formação dos jovens. Qual a diferença entre eu me formar com 22 ou 23 anos, questiona a psicopedagoga. Patrícia também alerta para outro fator corriqueiro entre pais e alunos. Segundo ela, o fato do aluno ser bom e estudioso não implica que a família deva orientá-lo a fazer cursos considerados de destaque.

Aqui ocorre muito isso, se você é bom aluno as suas carreiras devem ser essas ou aquelas, sem levar em consideração as aptidões, a felicidade e nada, alerta. Ela lembra que esse é um dos motivos de muitos Universitários ingressarem no ensino superior e depois abandonarem o curso. Questionada sobre os testes vocacionais, a psicopedagoga afirma que eles são um auxílio a mais para os estudantes que tem dúvidas, mas diz que eles não podem ser a única indicação para nortear a escolha.

Além do teste, o estudante também precisa se conhecer e conhecer onde vai atuar. O teste é um complemento que pode contribuir, mas não deve ser único, ressaltou. Apesar das orientações importantes, a psicopedagoga tranquiliza os estudantes dizendo que a escolha da profissão não pode ser encarada como uma sentença de vida ou morte. Se por ventura o estudante começar e não gostar, ele volta. Não existe nenhuma falta de personalidade nisso, concluiu a psicopedagoga.



Fonte: G1


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