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‘Hoje é possível viver de animação no Brasil’, diz diretor em Gramado

07/07/2014 - 11:42h

Otto Guerra lança 'Até que a Sbórnia nos Separe' no Festival de Cinema.
Terceiro longa-metragem do porto-alegrense eleva padrão de qualidade.

Otto Guerra Festival de Cinema de Gramado (Foto: Cleiton Thiele/PressPhoto/Divulgação )
Otto Guerra (D), Fernanda Takai (C) e Nico
Nicolaiewsky conferem estreia do filme em
Gramado (Foto: Cleiton Thiele/PressPhoto)

Com mais de 30 anos de carreira e uma das figuras mais respeitadas do meio, Otto Guerra acredita que o mercado de animação vive um bom momento e tem um futuro promissor no Brasil. O porto-alegrense apresentou “Até que a Sbórnia nos Separe”, baseado no espetáculo “Tangos e Tragédias”, na mostra competitiva do Festival de Cinema de Gramado, na noite de quarta-feira (14).

“Acho que dentro de 20 a 30 anos a gente vai ter uma indústria de animação no Brasil. Há pouco tempo atrás, as pessoas me perguntavam e eu desaconselhava a trabalhar com animação. Eu passei fome, morei na rua”, brincou o diretor. “Mas hoje eu acho que é possível viver disso dignamente”, completou.

O filme é o terceiro longa-metragem de Otto, que estreou com “Rocky & Hudson” (1994), inspirada nas tiras de Adão Iturrasgarai, e depois fez “Wood & Stock” (2006) em parceria com outro cartunista, Angeli. “Até que a Sbórnia...” é o seu trabalho mais elaborado. Codirigido por Ennio Torresan Jr, animador dos estúdios da Dreamworks, nos EUA, o filme estabelece um novo patamar de qualidade na animação brasileira.

“Considero esse filme tecnicamente muito bom. A animação é exuberante e o desenho do alemão Guazzelli (Eloar Guazzelli) é top, um dos melhores do mundo, e também tem um roteiro bom. Todo mundo que trabalhou nele se apaixonou pelo filme. O próprio Ennio, que está acostumado com os padrões de Hollywood, trabalhou praticamente de graça”, contou Otto.

Livremente adaptado, o filme dá cores e vida à Sbórnia, o país fictício criado por Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky na peça teatral há quase 30 anos em cartaz e assistida por mais de um milhão de espectadores. As ações se passam antes da Sbórnia, ligada ao continente por um istmo, se descolar e tornar-se uma ilha que navega pelos mares do mundo, carregando a lixeira cultural da humanidade.

Na trama, a vida de dos personagens Kraunus Sang e Maestro Pletskaya é alterada quando o muro que isolava o pequeno país do resto do continente cai acidentalmente e expõe a cultura sborniana às mazelas da vida moderna.

Além de Hique, Nico e do próprio Otto, o filme conta dublagem da atriz Arlete Salles, da cantora Fernanda Takai e do músico André Abujamra, que também assina a trilha original. A estreia em circuito comercial está prevista para 6 de dezembro primeiro no Rio Grande do Sul. Depois disso, o longa deve ser lançado no resto do país.

Sbórnia Festival de Cinema de Gramado  (Foto: Divulgação)

Longa-metragens é baseado nos personagens de Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky (Foto: Divulgação)



Fonte: g1.globo.com


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