Ser Universitario
 

Minas vai estadualizar várias unidades de ensino superior

05/12/2013 - 18:21h

Em Entrevista concedida ontem, secretário falou sobre a intenção de retomar Universidades que foram privatizadas em várias regiões de Minas e sobre o edital para a ampliação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), que está em andamento.

Quais foram os destaques da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2013? 

Atuamos diretamente com a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ciência e tecnologia se desdobram em inovação. O primeiro projeto é o da Rede de Inovação Tecnológica (RIT) e sou o gerente desse programa desde 2007. Ele é estratégico para o governo atual e engloba os Parques Tecnológicos do Estado, como é o caso do BH-TEC (condomínio que irá abrigar atividades de pesquisa e desenvolvimento voltadas para acelerar as atividades de inovação tecnológica nas empresas parceiras), na capital. O RIT interage diretamente com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) porque ela trabalha nessa vertente de estimular a ciência e elaborar tecnologias que sejam aplicadas em inovação. O segundo item da pauta nos remete para a expansão do ensino superior que, em Minas, é muito federalizado. Temos 11 universidades federais, um Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) e três Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet). Em termos de Estado, temos a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Neste ano, começamos o projeto de expansão desse ensino público estadual, que está incorporando instituições que antigamente eram ligadas à UEMG, passaram por uma privatização e agora estão retornando ao Estado.

Quais são os passos para essa estadualização do ensino em Minas Gerais? 

A UEMG foi criada como uma universidade multi-campi, mas não foi possível manter todas as unidades e, ao longo dos anos, algumas foram privatizadas. Elas saíram do rol da UEMG e se mantiveram associadas. Agora, a iniciativa é de incorporar novamente essas unidades. A implantação do projeto começou em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, que é uma região pobre, carente e que precisa de ensino superior público. Junto com a Fundação Helena Antipoff, em Ibirité, também foram estatizadas a Fundação Cultural Campanha de Princesa, em Campanha, no Sul de Minas, a Fundação Fafile em Carangola, na Zona da Mata, e a Fundação Universitária do Vale do Jequitinhonha (Fevale), em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. A partir do sucesso nesse processo, a próxima etapa é estadualizar, em 2014, a Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi), na região Centro-Oeste do Estado, a Fundação Educacional de Ituiutaba (Feit), no Triângulo Mineiro, e a Fundação de Ensino Superior de Passos (Fesp), no Sul de Minas. Com isso, passaríamos de 6.000 para 18 mil vagas no Estado.

Como está o processo de implementação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC)? 

Até hoje, o governo do Estado já investiu cerca de R$ 40 milhões nesse projeto e, até 2015 a previsão é de que mais R$ 1,3 milhão seja liberado para investimento nesse espaço. Já estamos implementando a segunda fase do BH-TEC e foi lançado, no final deste ano, um edital de ampliação do complexo, que conta apenas com o primeiro prédio. Faltam outros 12 edifícios e isso o Estado não consegue viabilizar sozinho. Foi feita uma Parceria Público-Privada (PPP) para que mais cinco prédios sejam construídos. O edital está aberto até o dia 20 deste mês, e a empresa que for aprovada vai arcar com essa construção e terá o direito de usufruir do espaço e auxílio do governo para implementar novas tecnologias. Eles terão noventa dias para analisar o contrato e, depois de assinado, as obras serão feitas separadamente. Quando a primeira obra estiver 80% concluída, eles dão início a próxima e, assim por diante, até que os cinco prédios estejam prontos. O parque tecnológico é algo novo no país e algumas vezes é visto como uma privatização do conhecimento, já que faz a ligação entre pesquisas acadêmicas e as empresas privadas, mas pode trazer muitos benefícios para a economia do Estado. Temos outros cinco parques tecnológicos em andamento em Minas e a ideia é criar ambiente de inovação em todos esses lugares.
BÁRBARA FERREIRA

E-G
Evaldo Ferreira Vilela - Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Siga o Emprego-YouCan no Facebook

Siga o Ser Universitário!

Integre-se            ao nosso perfil no facebookFacebook 
Nos            siga no TwitterTwitter
Participe de nossa comunidade/perfil no LinkedinLinkedin


Fonte: O Tempo


Compartilhe e exponha sua opinião...

Mais notícias
Veja todas as noticias