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'Não tem pergunta fácil', diz brasileiro sobre 'Copa da programação'

01/07/2014 - 08:01h

Felipe, Geraldo e Jonathan respondem a perguntas da prova na final do ICPC, na Rússia (Foto: Divulgação/ICPC)
Felipe, Geraldo e Jonathan respondem a perguntas da prova na final do ICPC, na Rússia
(Foto: Divulgação/ICPC)

Um dos três estudantes brasileiros mais bem colocados na edição de 2014 da International Collegiate Programming Contest (ICPC), conhecida como a "Copa do Mundo da Programação", conta que a prova que o time precisou responder foi "a mais difícil de todos os tempos" e que "não tem pergunta fácil". Jonathan Carvalhosa, de 22 anos, participou com os colegas Geraldo Avelino e Felipe Rasinhas do time do Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro, na etapa final do torneio mundial, que aconteceu na última semana de junho em Ekaterinburg, na Rússia.

'Copa do Mundo de Programação'

Topo da tabela é dominado por Universidades russas e chinesas; melhor brasileira, IME supera inglesas

Fonte: ICPC

Entre os dias 22 e 25, 122 universidades se reuniram na Universidade Federal de Ural. O trio do IME terminou em 26º lugar, a melhor colocação entre todas as instituições da América Latina. As primeiras posições foram dominadas por universidades da Rússia e China (veja no gráfico ao lado).

Jonathan, que concluiu no fim do ano passado a graduação em engenharia da computação no IME, conta que quem deu a ideia de participar da competição foi seu ex-chefe. O trio foi formado por outros dois alunos do instituto, que também teve outros times participando das etapas eliminatórias do torneio, mas não chegaram à final.

O ICPC teve etapas regionais e uma nacional, que selecionou seis times de três estudantes para a etapa mundial na Rússia. Depois do IME, a instituição mais bem colocada foi a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que ficou na 36ª posição.

O IME acertou três questões, assim como a UFPE. O que diferenciou as duas foi o tempo gasto para solucionar os problemas.

A complexidade da prova, segundo Jonathan, foi muito maior do que nas etapas anteriores. "Na etapa mundial os programas pedem que você pense fora da caixa, você até sabe a solução mas ela não é a mais eficiente, você tem que pensar numa solução melhor. Não tem pergunta fácil na competição mundial", explicou ele ao G1.

Os 13 times com a pontuação mais alta receberam medalhas. Jonathan diz que seu time sonhava com uma medalha, mas saiu satisfeito da competição. "É muito difícil conseguir uma medalha numa competição dessa. A gente não tem como ter certeza de que vai conseguir alguma coisa ou não. Tem que se esforçar."

Mente eficiente
O agora engenheiro da computação cursou o ensino básico em um colégio militar após ser aprovado em um concurso. Ele optou pelo Instituto Militar de Engenharia pela reputação da instituição. "Meus pais também não tinham dinheiro para pagar Faculdade". Mas ele recomenda a estudantes de qualquer instituição que participem de torneiros como o ICPC. "Acho que vale muito a pena. Você treina a sua capacidade de resolver problemas. Não necessariamente problemas da competição, mas sua mente começa a funcionar de forma mais eficiente", explicou.

Atualmente, Jonathan trabalha em uma empresa de softwares para o mercado financeiro, mas, como ainda tem idade para participar da próxima edição do torneiro, ele estuda a possibilidade de voltar à faculdade para tentar ser selecionado para a "Copa dos programadores" de 2015, que será realizada no Marrocos.

"Seria muito bom poder representar o Brasil de novo e mostrar que nós temos alunos aqui tão bons ou até melhores que os de qualquer outro país do mundo", diz.

De preto, no centro, Geraldo, Jonathan e Felipe (Foto: Divulgação/ICPC)
De preto, no centro, Geraldo, Jonathan e Felipe (Foto: Divulgação/ICPC)



Fonte: G1


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