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O jornal e seu contexto: relato de um estudo do meio

28/10/2015 - 06:01h

Em uma roda de conversa silenciosa em espaços de reuniões, os estudantes conversaram sobre as maneiras de se adquirir os jornais há algum tempo, onde todos iam para as bancas, ou os jornais chegavam em casa.

Buscando aproximar os estudantes da realidade profissional dos jornalistas, alunos do Ofélia Fonseca visitaram uma redação, no último dia 23. O objetivo foi reconhecer a estrutura dos textos jornalísticos e ampliar conhecimentos acerca dos artigos de opinião, presentes também nos jornais, identificando algumas das suas características. Além disso, puderam conversar sobre as etapas da elaboração e criação de um jornal até a distribuição.

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Para levantar hipóteses e também aprofundar conteúdos, o estudo do meio pode colaborar de maneira multidisciplinar na apropriação de conceitos discutidos na escola. Durante uma saída pedagógica, os alunos observam fatos, cenários, pessoas, conversando com elas, conhecendo novas maneiras de se relacionar com espaços e temas.

Podendo envolver uma ou mais disciplinas é enriquecido e desperta o espírito científico. A atenta apreciação do meio é geralmente acompanhada por levantamento de hipóteses, compartilhadas ou não, mas que movimentam interiormente o sujeito para o aprendizado, incentivando sua capacidade reflexiva e crítica. No caso de estudos do meio urbano, por exemplo, os alunos podem sentir curiosidade, elaborar reflexões, questionamentos e soluções acerca do observado.

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Durante a preparação para esse estudo, algumas questões já haviam sido levantadas: Como funciona uma redação? Os jornais são feitos por equipes? Quem define os conteúdos que vão para os jornais? Como escolher um bom assunto para uma reportagem? Em que momento os jornalistas podem dar suas opiniões? O que mudou na rotina da redação com a internet? Quais são os desafios dos jornalistas ao escreverem uma reportagem?

Tais perguntas guiaram esse estudo do meio e, separados em dois grupos, os estudantes realizaram a excursão por dentro dos muros da redação do Jornal.  Redação esta, com poucas paredes, muitas de vidros, para facilitar a comunicação entre os trabalhadores do local.

Os alunos conheceram um pouco sobre o cotidiano do jornal e perceberam que os turnos de trabalho são variados: tem gente trabalhando em todos os horários do dia e da noite. Observaram algumas equipes, dispostas em blocos de mesas, divididas por cadernos, como o de esportes e educação.

Muito conectados, os funcionários da redação foram observados enquanto trabalhavam. Em uma roda de conversa silenciosa em espaços de reuniões, os estudantes conversaram sobre as maneiras de se adquirir os jornais há algum tempo, onde todos iam para as bancas, ou os jornais chegavam em casa.

Agora, ao invés do sujeito ir comprar o jornal, ele pode ver de sua casa, do seu computador, pois também existem jornais eletrônicos” (Catarina Palhares).

Assistiram mais de perto o processo de Entrevista ao notarem no fundo de um dos departamentos, uma sala em funcionamento, fechada e com vidro fumê. Era um estilista sendo entrevistado ao vivo. Os alunos ficaram motivados a conhecer mais um pouco do local e entrevistaram um jornalista da área de esportes, que lhes contou detalhes sobre o jornalismo na atualidade e os desafios dos jornalistas.

Marcel respondeu, entre outras coisas, que é preciso acessar diferentes fontes de informação para realizar uma reportagem e que para escrever uma notícia é importante que ela seja relevante.

Os jornalistas têm que ter muitos contatos. Realizam Entrevistas com especialistas que saibam sobre o assunto e as coisas que aconteceram em outros países. Informam-se também por meio da Internet.

Sobre os desafios, saber informações verídicas, relacioná-las e coletar mais delas são alguns deles. Além disso, há uma preocupação com o tempo: os jornalistas têm pouco tempo para coletar informações e escrever as reportagens, elaborando todas as partes dela (manchete, subtítulo, lide, ampliação e fechamento).

A equipe que nos acolheu finalizou nosso encontro com um jogo onde os participantes precisavam, em tempo estabelecido, montar a capa de um jornal.

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Durante esta saída pedagógica, além do aprendizado do conteúdo, tivemos um grande benefício, fundamental para o aprendizado, a contextualização dos gêneros jornalísticos, o reconhecimento da função deste meio de comunicação e suas diferentes possibilidades de expressão.

Clarissa de Assis Angelo
 professora das áreas de história, geografia e português, dos alunos do 4º e 5º ano.

As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.


Fonte: Estadão


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