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O medo e o preconceito muitas vezes impedem que os homens cuidem da saúde. Previna-se!

27/11/2013 - 07:16h

Câncer de próstata | O homem também deve cuidar da saúde

O segundo câncer mais comum entre os homens e o sexto que mais mata em números totais é o câncer de próstata. Mas o medo e o preconceito que envolvem esse assunto impedem, muitas vezes, o diagnóstico precoce. Isso acontece porque a questão cultural favorece uma resistência do homem em cuidar da sua saúde, sendo um importante fator do maior adoecimento da população masculina.

“Os homens têm mais resistências para buscar o serviço de saúde, dar continuidade aos tratamentos, são mais propensos a casos de violência, têm maiores taxas de suicídio e apresentam mais problemas de saúde mental que as mulheres”, comenta Eduardo Schwarz, coordenador da Saúde do Homem do Ministério da Saúde.

Devido às especificidades da saúde masculina, Eduardo reforça a necessidade em manter políticas específicas para os homens. “Devemos reforçar serviços para dar atendimentos específicos para a população masculina. Existem muitas questões de saúde que são prevalentes nos homens”, resume.

“Tinha o costume de me cuidar. Nós homens somos muitas vezes machistas e não queremos fazer o exame do toque. Mas nunca tive esse preconceito não. Quando soube que estava com o PSA desregulado eu corri atrás e por isso estou aqui”, relata Darci José Soares, 61 anos, instrumentista industrial que fez a cirurgia para retirar o câncer de próstata esta semana. Darci tem casos de câncer na família e por isso é considerado como sendo do grupo de risco.

O teste de PSA - antigénio prostático específico – mede os níveis da proteína PSA no sangue. Como esta é uma proteína produzida pela glândula prostática, se estiver com os níveis elevados existe um risco de alteração na próstata.

O urologista do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gelson Spironello, trabalha com o tema há 15 anos e acredita que essa cultura de resistência dos homens para cuida da saúde, em especial para fazer o exame de próstata, tem mudado.

“Tenho notado uma diminuição nesta resistência. Acho que as campanhas e o incentivo das parceiras têm feito os homens perderem o receio em fazer o teste do toque. Ainda existem homens que se negam, mas a maioria aceita fazer o exame”, conta Gelson, que também aponta o fato das mulheres fazerem o preventivo do câncer de mama e do colo do útero periodicamente como motivo do encorajamento dos homens.

Grupo de risco – O câncer de próstata, que só perde para o de pele na mortalidade masculina, ocorre quando aparece um tumor na próstata, que é uma glândula do sistema reprodutor masculino responsável por produzir parte do líquido seminal. Ele atinge, na maioria das vezes, homens com idade avançada, com casos de câncer na família, principalmente parente de 1º grau - pai ou irmãos - e a população negra. Alimentação com muita gordura saturada também pode ser um fator de risco para desenvolver o câncer de próstata.

Caso esteja no grupo de risco, o ideal é fazer o teste de sangue, o PSA. Se o PSA der níveis elevados, isso pode indicar uma alteração na próstata. Mas esse exame sozinho não é um indicativo seguro. Por isso, é preciso complementar com o exame do toque. Com esses dois exames já é possível ter um bom indicativo e, a partir deles, o médico pode pedir a biopsia, essa sim irá confirmar definitivamente o diagnóstico.

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Fonte: Blog da Saúde


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