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Professores fazem ato no terceiro dia de protestos por reajuste, em Manaus

30/04/2014 - 15:01h

Professora durante protesto nesta manhã (Foto: Diego Toledano/G1 AM)
Professora durante protesto nesta manhã (Foto: Diego Toledano/G1 AM)

No terceiro dia de protestos, um grupo de Professores se reuniu na manhã desta quarta-feira (30), na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), Centro de Manaus, para fazer uma manifestação reivindicando reajuste salarial e melhores nas condições de trabalho. Segundo a Polícia Militar, cerca de 400 pessoas participam do ato. O movimento é pacífico. O protesto também conta com apoio de estudantes.

O coordenador do Associação dos Professores de Manaus (Asprom), Lambert Willian Melo, afirma que o movimento afeta profissionais das rede estadual e municipal de ensino nesta quarta. Os funcionários se concentram na praça e utilizam um carro de som para chamar a atenção da população. O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus monitora o trânsito no local.

Cerca de 400 pessoas participam do ato no Centro da cidade; movimento é pacífico (Foto: Diego Toledano/G1 AM)
Cerca de 400 pessoas participam do ato no Centro da cidade; movimento é pacífico (Foto: Diego Toledano/G1 AM)

O representante do Coletivo Educadores em Luta Jevaldo da Silva, de 30 anos, Professor da rede municipal, disse que a paralisação ocorre para reivindicar reajuste de 20% nos salários dos professores, reajuste de 100% no vale alimentação, que atualmente é de R$200, além do fim dos aluguéis dos prédios das escolas.

"Estamos em espaços pequenos e inapropriados. Os banheiros não atendem à demanda. Estamos apenas paralisando nesta quarta para chamar a atenção para os nossos problemas", disse. Os educadores da rede estadual cobram 20% de reajuste, criação de auxílio transporte e alimentação, plano de saúde, além de eleição diretor de diretores de escolas. "Não há eleição para diretores. São indicações a cargos de confiança de punho político. Por isso, os professores são até vítimas de assédio moral", completou.

Nesta terça (29), um grupo se reúne em frente à sede do governo do Amazonas (Foto: Diego Toledano/G1 AM)
Nesta terça (29), um grupo se reuniu em frente à
sede do governo  (Foto: Diego Toledano/G1 AM)

Segundo Jevaldo da Silva, o movimento de paralisação afeta 60% das escolas estaduais e municipais de ensino na capital. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) contesta o percentual divulgado pelos manifestantes. A Secretaria informou, no entanto, que realiza um levantamento que será divulgado ainda nesta quarta.

O movimento ganhou apoio de alguns estudantes. Felipe Souza, de 18 anos, afirmou que defende as reivindicações dos professores por entender que a Educação no país precisa de melhorias. "É um ganho para toda a sociedade. Caso eles consigam ter as solicitações atendidas, ficarão mais motivados para passar conhecimentos. Nada mais justo, pois estão formando a sociedade do futuro". "Apoio completamente os professores. Como podemos formar um cidadão sem educação de qualidade?. Esta é uma causa de total interesse da sociedade", disse a aluna Ana Célia de Oliveira, de 14 anos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Marcus Libório, negou o indicativo de greve dos professores na capital.

Negociação
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que está em negociação com o Sinteam. Sobre a data base dos professores, o responsável pelas finanças da Prefeitura de Manaus, está estudando a melhor proposta possível para a categoria. "Para não causar nenhum prejuízo aos alunos, os pedagogos, os gestores e os coordenadores do programa Mais Educação foram orientados a realizar atividades extraclasse na quadra de esportes, biblioteca, refeitórios e em outras áreas da unidade de ensino onde o professor não comparecer. Caso necessário, as aulas serão repostas aos sábados", comunicou a Semed.

O G1 Amazonas aguarda posicionamento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).



Fonte: G1


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